Neste ensaio refletimos sobre a identidade transformada (e deteriorada) do professor na sociedade contemporânea brasileira exemplificando com iniciativas/tentativas recentes de cerceamento da prática docente inspirados no filme A caça, cujo subtítulo é A mentira está se espalhando.

Obra francesa produzida em 2014 e dirigida por Eric Lartigau, traz várias cenas em que a comensalidade está presente, possibilitando reflexões sobre relações sociais peculiares como esses que envolvem os sujeitos marcados por limitações comunicacionais

“Aprodução franco-dinamarquesa A Festa de Babette (1987) [...] constrói com delicadeza um jantar minuciosamente planejado que nos remete aos apetites realizados à mesa em torno da sensibilidade e do amor platônico” 

O filme expõe de forma clara e didática todo o processo de evolução da espécie humana em seus diferentes estágios e coloca a luta pelo alimento, pela sobrevivência, como algo fundamental para a preservação da espécie.

O cinema, neste sentido, apresenta cenas que poderiam ser consideradas banais, mas que retratam aspectos comuns do processo de envelhecimento nas diferentes culturas, contextos e grupos sociais.

Em, As invasões bárbaras, o personagem principal Remy está à beira da morte e com dificuldades em aceitar seu passado, faz um balanço dos anos vividos de forma turbulenta, para entender a própria trajetória e encontrar um sentido para o que lhe resta de vida. 

Ocinema de ficção científica (science fiction ou sci-fi) é um prato cheio de referências a diversos campos do conhecimento. Ingredientes como filosofia, ciência, religião, tecnologia, mitologia, entre tantos outros, podem ter links estabelecidos através deste gênero literário e cinematográfico.

À mesa, face a face, os problemas podem ser discutidos mais ou menos abertamente, as diferenças explicitadas, e os acertos e as conciliações também têm a possibilidade de serem estabelecidos por esses encontros entre comensais.

Nos filmes de Kurosawa, muitas cenas retratam pessoas à mesa, seja em situações familiares, conversas de amigos ou inimigos, reuniões de negócios, negociações políticas, encontros fortuitos, banquetes, cerimônias religiosas, ocasiões rituais ou tarefas sociais cotidianas.

Odocumentário francês Bébés, dirigido por Thomas Balmès em 2010, é um longa com cerca de 80 minutos que retrata o cotidiano de quatro bebês ao redor do mundo [...] Bebês, título do documentário no Brasil, possibilita uma análise mais rica e, simultaneamente, mais completa, em relação à vida em distintos contextos e num mesmo tempo histórico.

Este ensaio tem por objetivo discutir a contribuição do uso do cinema em práticas de ensino numa perspectiva, para além de uma estratégia pedagógica, que possibilite a fruição e o debate ao redor da abordagem dos temas “corpo”, “identidade” e “gênero” na escola

Cebolas, lágrimas e sal em tamanha profusão, desde já nos dizem dos mais subterrâneos segredos e dos sentimentos contidos que, ao virem à tona, podem conduzir aos limites delirantes da existência humana.

O filme é um documentário que alterna entrevistas com pessoas do cotidiano urbano de São Paulo, com pesquisadores do tema e com sacerdotes e membros de casas de santo. Além disso, conta ainda com cenas de cerimônias do candomblé de diferentes nações e de outras correntes religiosas de matrizes africanas.

"O filme como o lugar-de-olhar nos mostra que o lirismo e a sedução são marcas presentes nas preparações de D. Flor. As carnes são oriundas de caça ou animais livres do mar, fora do cativeiro, que dão aos pratos o estilo de quem sabe lidar com o que não foi domesticado."

A mesa é o lugar de reunião, de troca linguageira e afetiva; é o lugar em que o cotidiano se ressignifica para se tornar possível viver mais um período de individualidade, até que chegue o momento de se reunir novamente ao redor daquele móvel, que, longe de ser somente um móvel, atinge um simbolismo que o faz superar a condição física

O mote do filme (Escravas da vaidade) traz a reflexão sobre as transgressões realizadas, bem como seus limites, para se alcançar um corpo ideal sob a dominação da vaidade, da imagem e da beleza jovem sedutora.

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Integer adipiscing erat eget risus sollicitudin pellentesque et non erat. Maecenas nibh dolor, malesuada et bibendum a, sagittis accumsan ipsum. 

A comensalidade é mediadora de afetos solidários entre amigos e colegas de trabalho de Blake que buscam auxiliá-lo. A fome reflete tensões e angústias dos personagens em sua busca por trabalho e sustento.

Em todos os casos, as fronteiras dos papéis das mulheres são discutidas num contraponto ao silêncio e ao modelo do casamento interétnico que serviu de paradigma para o mito da democracia racial.

Diferente dos documentários dos anos 2000, que tinham como pauta a beleza, felicidade e potência dos pobres, Garapa trata da impotência, dor e feiura da pobreza, explícita na estética do filme.

O importante, nesse ponto, é sublinhar como a produção do longa utilizou o caráter cenográfico da linguagem alimentar, neste caso a maçã, para evocar, no contexto do filme, elementos que articulam esse imaginário presente nas sociedades atuais.

A obra, é baseada na história real de Maria, é um retrato único da vida de um povoado, uma janela que se abre para uma paisagem composta por realidades singulares e verdades universais sobre a condição humana.

O filme conta a história de um homem que consegue ficar grávido com o uso de uma droga experimental. A trama ultrapassa uma barreira fortemente demarcada em outras obras cinematográficas: o espaço científico ser habitado por homens e mulheres

"A comensalidade definida como possibilidade de partilhar e trocar comida, estabelecer conversas à mesa, criar vínculos e consolidar relações sociais, no contexto do século XXI, merece reflexão."

Problematizar as práticas e o ciclo do consumo, na sua dimensão material e simbólica, significa enfrentar uma temática de complexidade, que entrelaça as dimensões estruturais da sociedade às experiências mais corriqueiras e ordinárias de nossa vida cotidiana

“No filme ‘Maus hábitos’, as situações expostas retratam uma realidade que é compartilhada por muitas pessoas em diferentes faixas etárias e nacionalidades. Chama a atenção o fato de ser um filme mexicano, mas que poderia ter sido feito no Brasil, nos EUA, na Espanha ou na Austrália. 

 O envelhecimento soma memórias da infância e juventude e incorpora outros sabores, doces, fortes, sutis, ácidos, amargos, não do alimento em si, mas das relações que estabelecemos, das escolhas que fizemos e das memórias gustativas que guardamos(...)

Evidentemente, não se trata de negar o aumento expressivo, nas últimas décadas, de casos de obesidade relatados pelos estudos epidemiológicos e amplamente divulgados por instituições nacionais e internacionais, que demonstram a relação da obesidade com enfermidades como diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares, entre outras.

O cinema de Ozu construiu ou captou para si uma alma com identidade singular. Essa alma caracteriza a obra como um todo e transmigra sua assinatura de maneira muito enfática a seus constituintes.

Ao ver o filme O declínio do império americano somos levados a participar de um pequeno banquete doméstico no qual os personagens conduzem os espectadores não apenas a um evento gastronômico, mas a um balanço do cenário político e dos valores morais dos anos 1980.

 Se as cobranças que Bridget experimenta fossem irreais elas não gerariam tanta empatia com o público. A eficácia do filme está justamente no fato de que o controle social sobre o corpo feminino e as práticas de Bridget Jones estão presentes na vida de muitas mulheres.

É uma cena em que a casa está pouco iluminada e lá fora chove, tornando o ambiente lúgubre e soturno, chamando à introspecção. O oficial se reúne com o pai de Fanis, o senhor Savvas Iakovides, e anuncia que o visto de residência do chefe da família não poderá ser renovado.

"Problematizar a produção de alimentos que em nosso país significa lembrar que o modelo de produção sempre foi marcado, desde a colonização, pela monocultura da cana-de-açúcar e pelo trabalho escravo e, hoje, mais de 500 anos pós-colonização, perpetuamos este mesmo modelo com a soja, carne bovina, açúcar, café etc."

No entanto podemos, a partir de uma observação atenta, vislumbrar estas expressões vinculadas às cenas de comensalidade como expressão de duas situações muito específicas ligadas ao sentido maior da narrativa.

"Ao se alimentar, o sujeito produz sentidos, para o alimento, para si, para o outro; ele entra no universo imaginário e simbólico da cultura e do seu grupo social."

A Europa já foi o lugar de inúmeros conflitos e, no cenário atual, ela é marcada por convergências migratórias que refletem os fluxos geopolíticos orientados pelo mercado global.

Pretendemos utilizar esse instrumental para contribuir com uma formação um pouco mais ampla do alunado na sala de aula, isto é, incluir imagem, movimento e som como fonte da reflexão a partir da união entre entretenimento e conhecimento.

Com tomadas que privilegiam o close up na fisionomia do bebê e no peito da mãe que o amamenta, o diretor Jûzô Itami resume todas as narrativas de Tampopo em uma única.

A obra compila as narrativas de jovens e homens sobre a construção de suas identidades masculinas, colocando em destaque as dificuldades deste processo, as cobranças por papéis que colocam os homens em situações de risco e alguns padrões de masculinidade reproduzidos e naturalizados socialmente.

"Este ensaio tem por objetivo descrever algumas cenas do filme Tomboy, nas quais se destacam interações do tipo face a face entre personagens principais e coadjuvantes, e analisá-las sob a ótica das relações entre corpo e gênero."

O grupo se lança ao centro do círculo no chão, local onde se encontra o almoço e, como ferozes animais famintos, num frenesi alimentar, quase todos apanham com as mãos o que podem a fim de saciar a fome, debaixo de um sol desgastante.

A comensalidade judaica constitui um capítulo à parte na história das culturas e das religiões. A maior parte das religiões, tanto ocidentais quanto orientais, tem em seus ritos a presença da comida ou sua ausência ritualizada na prática do jejum, o que confere à comida um caráter sagrado.