Rapidez, tempo marcado, trânsito, pressa, velocidade. O movimento das grandes cidades do século XXI é semelhante em vários cantos do globo terrestre e, em especial, nos países em desenvolvimento, como Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, por exemplo (BRICS). A imagem urbana é definida pelos meios de transporte superlotados, construções e aglomerados de concreto, máquinas, relógios e pessoas circulando. E no meio desse cenário caótico, o sujeito tenta se encaixar, se definir e encontrar seu lugar, tal qual uma peça numa engrenagem mecânica. Misturado a esse turbilhão de eventos, é preciso ainda almoçar ou comer algo rápido sem que isso desestabilize o ritmo intenso de trabalho.

O início do século XXI é também a época em que a internet se consolida como veículo de comunicação em massa e a globalização da informação atinge um nível nunca antes visto na história da humanidade. A diminuição dos preços de acesso e as conexões de banda larga ampliaram o acesso à internet, cujos dispositivos tecnológicos (tais como transferência de vídeo, áudio e softwares, as redes sociais, a comunicação por mensagens instantâneas, o comércio eletrônico) estão disponíveis a um número cada vez maior de pessoas. As rápidas transformações que as tecnologias de comunicação trouxeram favoreceram a conexão entre pessoas fisicamente distantes, mas aumentaram distâncias nas relações fisicamente próximas.