Filmes em debate
Estômago
Decifra-me ou te devoro.
Na vida há os que devoram e os que são devorados. Raimundo Nonato, nosso protagonista, descobre um caminho à parte: ele cozinha. E é nas cozinhas de um boteco, de um restaurante italiano e de uma prisão - o que ele fez para acabar ali? - que Nonato vive sua intrigante história. E também aprende as regras da sociedade dos que devoram ou são devorados. Regras que ele usa a seu favor, porque mesmo os cozinheiros têm direito a comer sua parte - e eles sabem, mais do que ninguém, qual é a parte melhor. Uma fábula nada infantil sobre o poder, o sexo e a culinária.
fonte: http://www.estomagoofilme.com.br/sinopse1.htm
Estômago: Decifra-me ou te devoro
Compreender diferentes contextos culturais nos quais a alimentação está inserida
Neste capítulo, propomos uma reflexão acerca das representações sociais sobre a comida, a partir de um olhar transdisciplinar, saindo do discurso exclusivamente biológico do nutriente e passando para o campo da Alimentação e Nutrição que incorpora as Ciências Humanas. Tomamos, mais especificamente, a Arte aqui representada pelo Cinema através do filme ítalo-brasileiro Estômago, do diretor Marco Jorge, lançado no Brasil em 2007.
Discutimos a necessidade de compreender a linguagem nos diferentes contextos culturais nos quais a alimentação está inserida: seja como porta de entrada para relações profissionais, sexuais ou econômicas, seja como caminho para manipulação, ascensão, status, distinção e poder. Usar um filme para pensar sobre relações entre ciência e alimentação corresponde à via contemporânea e divertida, num momento em que, cada vez mais, a mídia faz parte do cotidiano da população brasileira. Além disso, esse movimento permite discutir e divulgar importantes papéis que a Arte e Ciência podem representar na vida em sociedade.
Falando a respeito (vídeos):
"Ao se alimentar, o sujeito produz sentidos, para o alimento, para si, para o outro; ele entra no universo imaginário e simbólico da cultura e do seu grupo social."
Sugestões de leitura
O poder simbólico | Pierre Bourdieu
BOURDIEU, P. O poder simbólico. Rio de Janeiro: Betrand Brasil, 1998.
Modernidade e identidade | Anthony Giddens
GIDDENS, A. Modernidade e identidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002.
O cru e o cozido | Claude Lévi-Strauss
LEVY-STRAUSS, C. O cru e o cozido. São Paulo: Cosac & Naify, 2004 (Coleção Mitológicas, 1).
O capital no século XXI | Thomas Piketty
PIKETTY, T.. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2014
O que faz o brasil, Brasil? | Roberto DaMatta
DAMATTA, R. O que faz o brasil, Brasil? Rio de Janeiro: Rocco: 1986.
A Invenção do cotidiano: 2 morar, cozinhar | Michel Certeau, Luce Giard, Pierre Mayol
CERTEAU, M.; GIARD, L.; MAYOL, P. A Invenção do cotidiano: 2 morar, cozinhar. Petrópolis: Vozes, 2005.
A identidade cultural na pós-modernidade | Stuart Hall
HALL, S. A identidade cultural na pós-modernidade. São Paulo: DP&A, 2002.
Canibalismo amoroso | Affonso Romano de Sant'Anna
SANT’ANNA, A.R. Canibalismo amoroso. São Paulo: Brasiliense, 1984.